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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A Bíblia e o dinheiro

O uso do dinheiro é um tema de muitas controvérsias, sobretudo de incompreensões. Na verdade, as incompreensões são frutos do desconhecimento da Bíblia, pois é ela que diz, por exemplo: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Oséias 4:6). E o Evangelista João também diz: “Examinai as Escrituras (...)” – João 5:39. A falta de compreensão da própria Palavra de Deus levará, inadvertidamente, muitas pessoas a terem idéias errôneas sobre o dinheiro e o seu uso.
Como é sabido, especialmente o Novo Testamento fala muito em dinheiro. E há um erro primário e aberrante na compreensão do que falou o Apóstolo dos gentios em I Timóteo 6:10 – “Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro”(amor ao dinheiro, no grego ‘filarguria’ (fila=amor; ‘arguirion’=dinheiro). Ora, de plano, o texto procura combater ‘o espírito idólatra do dinheiro pelo dinheiro’ , pois, preventivamente, já se tem a advertência do Apóstolo do amor, João, quando disse: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”(idolatria). (I João 5:21)! Claro é que essa idolatria é avareza que não está no contexto do bom senso da liberalidade, do bom uso do dinheiro.
Deus quer a prosperidade dos seus filhos e não são poucos os textos bíblicos falando sobre isso! Um dos clássicos exemplos está em III João, verso 2: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma”. Tem-se, no grego, o vocábulo “euodou” significando: ir bem, prosperar, ter sucesso; - “evodoomai” no sentido: tenho uma jornada feliz, estou prosperando no que os lucros permitirem; os lucros dos negócios estão prosperando ( Thayer). E todo esse processo de prosperar, envolve dinheiro. A propósito, João Wesley, fundador da Igreja Metodista, sempre recomendava: “Ganhe bastante, economize bastante e invista bastante no Reino de Deus”. Nesse espírito, a pergunta que se faz é esta: ganhar dinheiro para qu ê? A resposta pode ser: 1º - fazer o melhor uso possível do mesmo; 2º - e para desfrutar da melhor maneira como mordomo, administrador de Deus, também “repartir com os necessitados” (sejam pessoas ou instituições) como recomenda o Apóstolo dos gentios na sua carta aos Efésios (cap. 4 verso 28-b).
É admirável a citação do Salmista Davi: “Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam sempre(tamid): Seja engrandecido o Senhor, que ama a minha prosperidade” (Salmo 35:27).
Neste versículo, “o Senhor que ama”, o verbo em hebraico é ‘LÁRH-PÓTS’ , no infinitivo: a) querer, b) desejar, c) ansiar, d) gostar, e) amar, f) apressar g) acelerar (a minha prosperidade).
E para não me alongar muito, é bom que se diga, desde já, que o chamado “voto de pobreza”, não tem nenhum respaldo bíblico, pois o próprio Apóstolo Paulo disse em uma das suas epístolas: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis” (II Coríntios 8:9). Ler ainda o Salmo 128 e 144:12-15.
Notório é que Deus não deseja o reinado do espírito de miséria sobre os seus filhos. Também Deus não quer que os seus filhos sejam dominados por aquilo que o latim chama de “auri sacra fames”, ou seja: “a avidez do ouro”, pois isso, certamente, se constitui no embaraço da “raiz de todos os males”.